domingo, 14 de junho de 2009

quinta-feira, 11 de junho de 2009

domingo, 31 de maio de 2009

Encontrei algures e achei piada...

UM MINISTRO OBSTETRA
O Dr. Augusto de Vasconcelos, que tinha fama e proveito de afamado ginecologista e obstetra na capital do reino, foi ministro dos Negócios Estrangeiros do primeiro Governo Constitucional.
A República dava os seus primeiros passos…
Bettencourt Rodrigues comentou, por essa altura, com muita graça:
- O Dr. Augusto de Vasconcelos?... Um médico parteiro?... Ora, a escolha não podia ter sido mais acertada. Principalmente, agora, que a República, “grávida” como tem estado, vai ter o seu “parto” político…
E foi - sabemos hoje - um parto de termo e bem sucedido.

D. CARLOS E A POLÍTICA
D. Carlos tinha horror à política, pelo menos a certos processos de fazer política, tão em uso na sua época.
Quando soube que João de Alarcão – a bondade e a sinceridade em pessoa – ia fazer parte dum governo chefiado por José Luciano de Castro, não se conteve que não exclamasse, apreensivo:
- Por favor, por favor, não me estraguem o João!... Esse não!!!...
OS OVOS MEXIDOS – Quando vieram dizer a Manuel de Arriaga, outra figura já aqui abordada nestas colunas, que acabara de ser eleito Presidente da República, comia ele dois ovos estrelados no bar (ou bufete, como na época se dizia) da Assembleia da República. E embebia no pão a gema dos ovos.
O velho republicano, embebendo no pão a gema, interrogou o arauto da notícia:
- Eu?!... Presidente da República?...
Confirmaram-lhe que acabava de ser eleito.
Limpando a boca a um guardanapo de linho fino, limitou-se a murmurar, com um leve sorriso nos lábios:
- Eu?!... E tem mesmo de ser eu?...
Repetiram-lhe que não havia qualquer dúvida. Portugal, em toda a sua História, passava a ter o seu primeiro Presidente eleito.
Arriaga, acabada a pequena refeição, e também mais conformado, replicou para os deputados presentes:
- Oxalá a Constituição não me obrigue daqui por diante a comer ovos mexidos… É que eu gosto tanto deles, mas estrelados, sim, estrelados!...
Era um advogado já sem causas, uma filha casada a viver com ele, a família para sustentar, todavia – como outros genuínos republicanos – nunca ambicionou qualquer cargo ou distinção. Haverão ainda políticos assim?...

O MAIS SÉRIO LEVA-SE A RIR
Por volta dos anos quarenta do século que findou, Luís de Oliveira Guimarães e José Ribeiro dos Santos trouxeram a público muitas estórias e anedotas sobre os mais importantes vultos políticos da primeira República e do Estado Novo salazarista. Foi um modo de pôr a nu os defeitos e as qualidades daqueles que ocupavam cargos políticos relevantes neste país.
E, seguros que a boa disposição vale muito dinheiro e não se compra, riram-se e fizeram rir meio mundo na Lisboa de então, que conhecia e quase tratava por tu alguns desses figurões.
Pois, algumas destas estórias foram eles que as reduziram a letra de imprensa, legando-nos algo precioso, o famoso “lixo da História”, de que Raul Brandão também nos fala nas suas apreciadas “Memórias”.
No fundo, bem no fundo, como Claretie dizia, “a anedota é a consagração da História”.
A consagração e a confirmação!

UM PRESIDENTE EM TERCEIRA
Um dia, o Dr. Bernardino Machado, que foi Presidente da República Portuguesa, apeou-se de uma carruagem de 3ª classe, numa estação dos caminhos-de-ferro.
Alguém, que o surpreendeu, perguntou-lhe com estupefacção:
- Oh!... Mas, V. Ex.ª viaja em terceira classe?...
Bernardino Machado, cumprimentando-o com uma grande chapelada, como era seu hábito, retorquiu-lhe:
- Bem, às vezes, … sabe, para ouvir o povo e aprender alguma coisa com ele… tenho que viajar em 3.ª classe!
- Ah!... Muito bem, muito bem!...
- Não se admire, meu amigo!... Com aqueles que viajam de primeira classe é que eu já não aprendo nada!... Pode crer!...
Há muito deixou de existir a terceira classe nos comboios, mas ainda é o povo quem dá as melhores e mais sábias lições aos políticos. Nesta matéria, caro leitor, hoje como ontem.

AINDA BERNARDINO MACHADO
O Dr. Bernardino Machado presidia, certo dia, na qualidade de Presidente da República, a uma sessão solene.
Um dos oradores, num discurso inflamado de vitupérios, deixando-se arrastar pelo próprio entusiasmo, proclamou, a certa altura, a necessidade da República tomar um caminho mais radical, se possível abolindo de vez com todos os monárquicos.
- E que se vá, de vez, essa gentalha!...- gritava o furibundo sujeito.
Quando o distinto e perturbado orador terminou o discurso, Bernardino Machado, olimpicamente sereno, curvando-se respeitosamente, voltou-se para o tribuno e exclamou:
- Não podendo abraçar todas as ideias que fez o favor de expor, quero ao menos abraçar todo o orador, e por inteiro!...
Houve risos por todo o auditório. E o Presidente, saindo do seu lugar, veio estreitar nos braços o veemente político, que só então caiu em si, e reconheceu os seus excessos.
Ainda haverá Presidentes com tal “fair play”, com tamanha habilidade diplomática?...

E AINDA UM OUTRO PRESIDENTE
Sidónio Pais, certa vez, confidenciou a um dos seus jovens tenentes, a um daqueles mesmos jovens “turcos” que o adoravam e constituíam a sua “task force”:
- Perde o tempo quem procurar compreender a política!... Contentemo-nos em saber viver diariamente com ela!
A ditadura seduzia-o.

Por: Varela Pires

domingo, 10 de maio de 2009

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Sem comentário...


Mãe se tu fosses um peixe eras o mais raro de todos.


Vasco (meu filhote)

sábado, 25 de abril de 2009

Tudo no Universo caminha ansiosamente para a LIBERDADE!

Bernardino Machado, o Homem da Liberdade

sábado, 18 de abril de 2009

terça-feira, 7 de abril de 2009

domingo, 22 de março de 2009

sábado, 21 de março de 2009

quinta-feira, 19 de março de 2009

... E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa, disse a raposa. - Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
- Ah! desculpa, disse o principezinho.
- Que quer dizer "cativar"?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."
- Criar laços?
- Exactamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo... Se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos fazem-me entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo... A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe: - Por favor... cativa-me! disse ela.
- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer alguma coisa. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me! ...